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#Ficadica

Posted by Sarah Souza on 11:37
O tempo passou, o intercâmbio acabou e o bahgagem parou (praticamente). A rima é boa, mas a verdade é que as postagens estão cada vez mais raras, quase como se a volta a "vida real" não tivesse a mesma graça do que a vida de intercambista. Na verdade não tem mesmo, não porque seja ruim, mas é a novidade que nos traz inspiração. 


Hoje encontrei um blog super legal e achei legal compartilhar vidaportuguesa.wordpress.com.  A autora do blog mora desde 2009 no Porto (Portugal) onde estuda.  Me identifiquei com muitas coisas escritas por ela, então deixo a dica pra quem quer se informar mais sobre o país luso ou sobre a vida fora do país.



”Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!”
(Fernando Pessoa)

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Amizade = cativar = criar laços

Posted by Sarah Souza on 11:09

Há dias que quero voltar a escrever no Bahgagem, mas faltava um tema, um assunto que me motivasse. 
Parece que quando estamos fora de casa tudo rende textos gigantes, ficamos tão encantados com a "nova realidade" que percebemos e, valorizamos as mínimas coisas. Isso infelizmente não ocorre na volta pra casa. A correria diária, de certa forma, nos cega, aliada ao cansaço, torna os textos cada vez mais escassos. 

O dia do amigo pareceu-me uma excelente data para voltar a postar aqui, principalmente porque nessa minha experiência de morar fora, que durou 7 meses, os amigos foram os grandes responsáveis tanto pela estada inesqucível, quanto pelo retorno acolhedor.

Sem dúvidas tenho muita sorte, fui com o apoio de muita gente que aqui ficou. preocupou-se em manter contato e, principalmente, me recebeu na volta de  abraços abertos. Falo dos amigos-família, amigos-irmãos, amigos antigos, amigos recentes, amigos da vida toda.

Em Lisboa, e talvez uma das melhores coisas que tenha me ocorrido naquele período, fiz amigos fantásticos, de diferentes nacionalidades, culturas e costumes. Alguns eu talvez não reveja tão cedo, mas a lembrança do que vivermos juntos jamais será esquecida. Outros, espero em breve no Brasil e, também, tenho certeza que voltarei para visitá-los.

Como curiosidade, o Dia dos Amigos começou em Buenos Aires, Argentina, em 1979 e foi gradualmente sendo adotado no mundo inteiro. 

Falar de amigos rende. Quem não tem uma boa história pra contar sobre eles, que termine a leitura por aqui. Aliás, eu poderia ficar horas escrevendo, porque neste momento muitas lembranças boas invadem a minha mente e, junto com elas, um sorriso toma conta da minha face. No entanto, vou me restringir a essas palavras extraídas do livro O pequeno príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry e dedicá-las a todos os meus amigos:

"O pequeno príncipe atravessou o deserto e encontrou apenas uma flor. Uma flor de três pétalas, uma florzinha insignificante....
- Bom dia - disse o príncipe.
- Bom dia - disse a flor.
- Onde estão os homens? - Perguntou ele educadamente.
A flor, um dia, vira passar uma caravana:
- Os homens? Eu creio que existem seis ou sete. Vi-os faz muito tempo. Mas não se pode nunca saber onde se encontram. O vento os leva. Eles não têm raízes. Eles não gostam das raízes.
-Adeus - disse o principezinho.
-Adeus - disse a flor.
O pequeno príncipe escalou uma grande montanha. As únicas montanhas que conhecera eram os três vulcões que batiam no joelho. O vulcão extinto servia-lhe de tamborete. "De uma montanha tão alta como esta", pensava ele, "verei todo o planeta e todos os homens..." Mas só viu pedras pontudas, como agulhas.
- Bom dia! - disse ele ao léu.
- Bom dia... bom dia... bom dia... - respondeu o eco.
- Quem és tu? - perguntou o principezinho.
- Quem és tu... quem és tu... quem és tu... - respondeu o eco.
- Sejam meus amigos, eu estou só... - disse ele.
- Estou só... estou só... estou só... - respondeu o eco.
"Que planeta engraçado!", pensou então. "É completamente seco, pontudo e salgado. E os homens não têm imaginação. Repetem o que a gente diz... No meu planeta eu tinha uma flor; e era sempre ela que falava primeiro."
Mas aconteceu que o pequeno príncipe, tendo andado muito tempo pelas areias, pelas rochas e pela neve, descobriu, enfim, uma estrada. E as estradas vão todas em direção aos homens.
- Bom dia! - disse ele.
Era um jardim cheio de rosas.
- Bom dia! - disseram as rosas.
Ele as contemplou. Eram todas iguais à sua flor.
- Quem sois? - perguntou ele espantado.
- Somos as rosas - responderam elas.
- Ah! - exclamou o principezinho...
E ele se sentiu profundamente infeliz. Sua flor lhe havia dito que ele era a única de sua espécie em todo o Universo. E eis que havia cinco mil, iguaizinhas, num só jardim!
"Ela teria se envergonhado", pensou ele, "se visse isto... Começaria a tossir, simularia morrer, para escapar ao ridículo. E eu seria obrigado a fingir que cuidava dela; porque senão, só para me humilhar, ela seria bem capaz de morrer de verdade..."
Depois, refletiu ainda: "Eu me julgava rico por ter uma flor única, e possuo apenas uma rosa comum. Uma rosa e três vulcões que não passam do meu joelho, estando um, talvez, extinto para sempre. Isso não faz de mim um príncipe muito poderoso..."
E, deitado na relva, ele chorou.
E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia - disse a raposa.
- Bom dia - respondeu educadamente o pequeno príncipe, olhando a sua volta, nada viu.
- Eu estou aqui - disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? - Perguntou o principezinho. - Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Vem brincar comigo - propôs ele. - Estou tão triste...
-Eu não posso brincar contigo - disse a raposa. - Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa - disse o principezinho.
Mas, após refletir, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui - disse a raposa. - Que procuras?
- Procuro os homens - disse o pequeno príncipe. - Que quer dizer "cativar"?
- Os homens - disse a raposa - têm fuzis e caçam. É assustador! Criam galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas?
- Não - disse o príncipe. - Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É algo quase sempre esquecido - disse a raposa. Significa "criar laços"...
- Criar laços?
- Exatamente - disse a raposa. - Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender - disse o pequeno príncipe. - Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
- É possível - disse a raposa. - Vê-se tanta coisa na Terra...
- Oh! Não foi na Terra - disse o principezinho.
- A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito - suspirou a raposa".

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Gênios literários encontram-se em fatídico jantar

Posted by Sarah Souza on 22:07
Rivais, Proust e Joyce só se cruzaram uma única vez.

Os dois maiores romancistas do século XX se odiavam e um encontro entre os dois, definitivamente, seria desastroso.  No entanto, Marcel Proust e James Joyce jantaram sentados a mesma mesma, na quinta-feira (18 de maio de 1922), a meia-noite, no hotel Majestic, em Paris. Uma curiosa situação, relatada no livro Uma noite no Majestic, do historiador inglês Richard Davenport-Hines(Ed. Record, 2007).

O jantar foi organizado por Sydney Schiff e Violet, um casal de judeus ricos e intelectuais. A idéia era comemorar oficialmente a estréia do balé burlesco Le Renard (A Raposa), do compositor russo Igor Stravinski. No cardápio, uma variedade de pratos servido por seis garçons; todos baseados nos jantares descritos por Proust na sua obra-prima Em busca do tempo perdido.
Joyce, que tinha acabado de lançar Ulisses, considerada pela critica mundial uma obra genial, chegou atrasado, bêbado e maltrapilho. Bebeu champanha na hora do café e dormiu na mesa. Quase três horas mais tarde do horário marcado chegou Proust, vestido com um casaco de pele preto e luvas brancas de pelica.
O encontro da dupla de escritores, segundo Joyce, ficou restrito a palavra não. Onde cada pergunta gerada entre eles era negativamente contestada. “Proust me perguntou se eu conhecia o duque fulano-de-tal, respondi que não. Nossa anfitriã perguntou ao Proust se ele tinha lido algum trecho de Ulisses. Ele respondeu que não”, colncluiu.
Cerca de 50  pessoas foram convidadas. Além de Proust e Joyce, estavam entre os presentes o pintor espanhol, Pablo Picasso, a bailarina russa Bronislava Nijinska, e a princesa de Edmond de Polignac, Winetta Singer.
Na saída, Proust e Joyce foram no mesmo carro. O autor de Ulisses ascendeu um cigarro e abriu a janela. Asmático e com a saúde debilitada, Proust não suportava fumaça. Morreu exatamente seis meses depois, em 18 de novembro.

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Para colocar na agenda e aumentar a "bahgagem"

Posted by Sarah Souza on 05:45
Oficina cênica recria histórias e personagens da região pampiana

Depois de uma jornada por treze cidades da fronteira gaúcha, a cooperativa de atores Oigalê volta a capital com um vasto material de pesquisa e a proposta de recriar todas as vivências em uma oficina teatral. Foram cerca de 16 mil fotos, 80 vídeos e 80 livros, com diferentes histórias, contos e personagens da vida real.

Com o objetivo de transformar esse arquivo em material cênico, o grupo propõe uma oficina gratuita de teatro, para atores com e sem experiência, maiores de 18 anos. Os participantes têm a possibilidade de integrar o elenco do novo espetáculo do Oigalê, resultado deste projeto, planejado para o ano de 2012 e intitulado "Em buca de um teatro de rua pampiano".

Nas viagens pela região pampiana (Rio Grande do Sul/BR, Uruguai e Argentina), o Oigalê teve contato com diferentes histórias e com o folclore vivo. Assim como conta uma das fundadoras do grupo, Vera Parenza, em entrevista ao site clicrbs: “Para nós, não importa se aconteceu de verdade ou se foi inventado. Essa distinção é para os historiadores. Estávamos atrás de material teatral. Encontramos pessoas que parecem personagens, e suas casas, cenários, concluiu.

A oficina ocorre entre os meses de abril e junho, às segundas, quartas e sextas, das 18h às 22h, na sede do Oigalê, no Condomínio Cênico do Hospital Psiquiátrico São Pedro (avenida Bento Gonçalves, nº 2.460, Porto Alegre. As inscrições podem ser realizadas até sexta-feira (1/4), pelo site www.oigale.com.br/site. Informações pelo fone (51)3228-7275.

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Folhas de outono no hemisfério sul...

Posted by Sarah Souza on 19:35
Chegou o outono, ao menos para nós que estamos ao sul do Equador. A estação que antecede o inverno, com temperaturas mais amenas. Ao contrário da primavera, a beleza está nas folhas que caem e não nas sementes que florescem.


Foto: sxc.hu




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Mais do mesmo

Posted by Sarah Souza on 17:19
A viagem acabou mas o blog não. Seguindo a idéia de que "bagagem" é tudo aquilo que possa acrescentar a nossa caminhada, o espaço segue dividindo experiências e divagações. Agora sem ponto de partida nem prazo de retorno. 



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A volta para casa

Posted by Sarah Souza on 06:39
Eu cheguei na quarta-feira (16/2), depois de mais de 12h entre vôo e espera no aeroporto. A viagem foi cansativa, mas o vôo noturno facilitou o sono e assim o tempo passou mais rápido. 

A chegada no Salgado Filho foi emocionante, ser recepcionada por amigos e familiares queridos não tem preço. Essa é a parte boa de voltar para casa. A sensação é difícil de descrever, mas vem com a certeza de que temos um lugar no mundo e que independente de onde possamos ir, sempre existirá um "porto seguro" a nossa espera. 

Ainda não revi todos amigos que gostaría, mas não faltará tempo para isso. O importante é entrar na rotina aos poucos, retomar alguns constumes e, porque não, adotar novos. 

Chorei muito ao deixar Lisboa porque de certa forma também construí uma "vidinha" lá, mas também chorei ao voltar pra casa e sentir que pertenço a algum lugar e estou cercada de pessoas especiais. 

“Todos cantam sua terra, / Também vou cantar a minha”
(Gonçalves Dias)

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Despedida surpresa

Posted by Sarah Souza on 06:33
Definitivamente "a felicidade só é completa quando pode ser compartilhada", conforme foi dito no filme "Na natureza selvagem". Eu tive a certeza disso quando fui surpreendida com uma festa de despedida cuidadosamente organizada pelos meu amigos internacionais, companheiros de vida lisboeta. 

Senti-me iluminada por conhecer pessoas tão especiais que fizeram dos meus dias em Lisboa os melhores que eu podia ter. A princípio eramos para nos encontrar na casa do Eduki e beber umas cervejas antes de ir ao bairro alto como sempre fazíamos. Mas ao entrar na casa eu e o Kiko fomos pegos de surpresa com todos os nossos amigos nos esperando para "festejar a amizade", sim, porque amigos não se despedem festejam e relembram momentos felizes até o próximo encontro. 

Os cartazes com mensagens já teriam sido suficientes para nos emocionar. Mas não foi só isso, ainda tinham um vídeo, com fotos e depoimentos que, sem dúvidas, nos deixaram sem palavras.

"Não há o que pague esses momentos", essa foi a única coisa que conseguimos dizer. E realmente não há. Independente do que façamos ou onde vamos, são os momentos vividos ao lado de pessoas queridas que ficaram para sempre registrados,

Minha bahgagem volta ainda mais pesada, além das experiências, culturas e tantas outras coisas que aprendi nesses 6 meses, levo os melhores amigos que eu podia ter feito nesse período. Sentirei muita falta de cada um.

E assim como despedir-me para ir a Lisboa não foi nada fácil, também volto com o coração muito apertado. Mas posso dizer que isso é bom, porque só quem tem amigos sente saudades e a julgar que esse sentimento tem me acompanhado por tanto tempo, percebo o quanto afortunada sou.







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Nossa Transitividade

Posted by Sarah Souza on 20:03
Fica a dica para colocar na "bagagem" cultural o blog Nossa Transitividade, de autoria de Ire Yustre. O blog acabou de nascer mas já traz muita coisa interessante para os amantes da escrita, leitura e é claro da língua espanhola. Porque Ire é espanhola, manchega e estudante de jornalismo.

Confira a postagem  Beatriz (Una palabra enorme) no http://nossatransitividade.blogspot.com/http://nossatransitividade.blogspot.com/

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SETE...

Posted by Sarah Souza on 12:58
Faltam SETE dias para voltar pra casa. Então, aproveito que SETE é um número tão significativo e listo algumas palavras que definem esses quase SETE meses lisboeta.

1. Amizade

2. Experiência

3. Aprendizado

4. Paciência

5. Coragem

6. Conquista

7. Saudade



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Talvez em fevereiro...

Posted by Sarah Souza on 20:41
Hoje, terceiro dia de fevereiro, me dei conta de que meus dias por aqui estão se acabando. Sempre soube que a minha vinda para cá teria data marcada para o retorno, mas nunca pensei que esse processo também seria um pouco dolorido.

Quando embarquei, trouxe junto na bagagem muitas expectativas e a alegria de realizar um grande sonho. Mas também trouxe saudades de muitas pessoas que fazem parte da minha vida brasileira.

No pensamento, além da ansiedade por tudo o que me esperava, alguns planos para o tão distante fevereiro, o mês do retorno, da volta pra casa. “Talvez em fevereiro...” parecia impossível de calcular todos aqueles dias que ainda teria pela frente.

Foto antiga de um dos lugares preferidos: Castelo de S.Jorge
Já estou em fevereiro, 13 dias separam o momento do embarque. Tenho muita vontade de voltar para casa, rever tudo e pricipalmente todos que fazem parte da minha vida do outro lado do atlântico. No entanto, também sinto, que mais uma vez, entrar no avião não será tarefa fácil. Sinto que também levarei a saudades daqui comigo. Afinal, construí uma vida por aqui, fiz amigos que foram a minha família nesses seis meses, conheci lugares, vivenciei coisas incríveis nesse micromundo que insisto em chamar de Lisboeta.

Conheci alguns dos novos intercâmbistas da PUCRS aqui em Lisboa, na verdade já os tinha conhecido antes, mas tive a oportunidade de passar mais tempo com eles e sentir toda aquela empolgação que eu também tive quando cheguei por aqui.

Foi muito bom sentir essa energia de quem está disposto a “desbravar o mundo”, me vi nas suas expressões e relembrei de muitas situações. Sem dúvidas vai ser uma experiência incrivel pra eles, como foi pra mim.

E, talvez, se tivesse que dizer algo para quem está chegando agora, resumiria em cinco ítens fundamentais:

1. Organize-se e faça planos, mas aproveite todos os imprevistos. Eles que fazem a viagem única e especial.

2. Conheça o máximo de pessoas que puder e aceite toda e qualquer diferença. Além da troca de culturas é a grande oportunidade de ver o mundo de uma forma diferente..

3. Nunca tenha pressa e aproveite os detalhes de cada viagem. É muito útil lembrarmos que somos cidadãos do mundo e sempre poderemos ir e voltar de qualquer lugar. Basta só dar o primeiro passo.

4. Encare cada viagem como se fosse a primeira e nunca a última da vida.

5. Aprenda idiomas. Mas tenha em mente que a linguagem gestual sempre será o mais poderoso instrumento de comunicação.

E, ao final sinta muitas saudades de tudo. Só assim saberás que valeu a pena e fará de cada momento vivido inesquecível.

Eu já sinto saudades...

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Abbey Road, um capítulo a parte.

Posted by Sarah Souza on 12:19

Impossível ir a Londres e não tirar uma foto na famosa faixa de pedestres em frente ao estúdio da Abbey Road. Desde o ano de 1969, essa faixa de segurança é um lugar de peregrinação de fãs e admiradores dos Beatles no mundo inteiro.
No dia 8 de agosto de 1969 o quarteto de Liverpool decidiu produzir a foto para a capa do disco que levaria o nome da rua e do estúdio no qual foi gravado. Neste dia, John, Paul, George e Ringo se juntaram cedo, pela manhã, para fazer as fotos.


Como curiosidade, o disco ia se chamar Everest mas a banda decidiu que seria mais fácil uma fotografia na porta do estúdio do que no Himalaia.
Hoje, mais de 40 anos depois os fã não só querem fotografar o local, como tentam imitar as posições de cada um dos Beatles. 
Comigo não foi diferente, não poderia perder essa oportunidade. O que não esperava é que fosse tão difícil tirar a foto. 




Para começar, a rua é muito movimentada, com carros circulando nas duas direções. 
E como todos sabem, em Londres é só nos aproximarmos da faixa que os veículos param para atravessarmos. 
Então imaginem a cena: muitos turistas, parando o trânsito, indo e voltando  de um lado para o outro, na tentativa de tirar a foto perfeita. Sem contar nas paradas no meio da faixa, embaladas por muitas buzinas. No mínimo muitas risadas de quem se presta a tal "mico".
Além disso, tínhamos o agravante de que éramos apenas três naquele dia, e para o registro fiel precisávamos de mais uma pessoa. Não demorou muito, como não éramos os únicos naquela situação, logo conseguimos o quarto elemento.


Depois de muitas tentativas alguém resolveu comentar: "Mas a foto original não foi tirada do meio da rua?". Gelei quando escutei isso, porque tive a certeza de que a Luli e o Kiko não abriríam mão de reproduzirmos daquela forma. Não estava errada. Além de parármos o trânsito, ouvir muitas buzinas, tivemos que ir entre os carros para fotografar do ângulo perfeito. 

E a foto? Depois de infinitas tentativas, saiu. Mas vou deixá-la restrita aos álbuns de família e evitar que o "mico" transforme-se em um "king kong" na grande rede.




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Um lugar chamado Londres

Posted by Sarah Souza on 14:46

Harrods - Foto: Felipe Balestrin
"Surreal mas encantador". Um pouco clichê usar a famosa frase do filme estrelado por Julia Roberts e Hugh Grant, mas não encontrei melhor forma para caracterizar a capital britânica. 
Londres é surreal, um lugar em que o inovador e o ousado convivem de forma harmônica com o tradicional e o imutável. Um rico patrimônio histórico e arquitetônico, com inúmeros museus e galerias de arte, mercados de rua, milhares de lojas, das mais simples as mais sofisticadas e muitos espetáculos de todos os gêneros. Óperas e musicais estão entre os responsáveis por seduzir multidões de turistas.


Ao mesmo tempo é uma cidade encantadora, seja nas típicas cabines telefônicas, nos ônibus vermelhos ou mesmo na simpatia das pessoas. Engana-se que pensa que os ingleses são frios e indiferentes. Conheci pessoas muito amáveis e dispostas a ajudar. 
Confesso que não foi "amor à primeira vista", até porque, a chegada em território britânico foi muito cansativa. Nosso vôo chegou às 20h15 da noite, entre o desembarque e a passagem pela polícia para carimbar o passaporte foram cerca de 1h30. Depois disso, o trajeto até o hostel não foi nada fácil.


Palácio de Buckingham - Foto: Felipe Balestrin
Para se ter uma idéia, a região metropolitana de Londres conta com cinco aeroportos. Os mais conhecidos são Heathrow que é o mais movimentado da Europa, Gatwick e Luton. 
Nosso grupo de seis estudantes, três brasileiros e três espanhóis desembarcou em Gatwick, que está localizado fora de Londres na região de Sussex. A opção para ir até a região central é o trem, que leva cerca de 40 minutos e é caríssimo: cerca de 11 libras. Consegue-se desconto para grupos.


Além disso, deve-se ficar atento as estações de desembarque. No nosso caso, o destino era Victoria Station, mas infelizmente os trens não indicavam as estações. E, aliado ao som abafado dos alto-falantes, não percebemos que deveríamos descer em St. Pancreas e fazer o transbordo até Victoria. Resultado, nos perdemos e fomos parar muitas estações depois. 


Big Ben - Foto: Sarah Souza
Até voltarmos para a estação certa e encotrar um ônibus que nos levasse ao hostel perdemos mais de três horas. Mas como tudo tem um lado bom, conseguimos conhecer um pouco do movimento de Londres pela noite.
No segundo dia, mesmo após poucas horas de sono, a ordem era conhecer tudo o que fosse possível. Uma boa dica pra quem tem pouco tempo e dinheiro é o  "Free Walking Tour", são guias que nos levam aos principais pontos turísticos, num passeio à pé, acompanhado de muitas histórias e curiosidades. Pode-se escolher o idioma, normalmente inglês ou espanhol e ao final do passeio cada um paga a quantia que quiser pelo trabalho.


O Big Ben, a troca da guarda no Palácio de Buckingham, a London Eye e a Trafalgar Square foram os principais pontos turísticos visitados nessa manhã. Tenho que dizer que não me impressionaram muito, aliás, o Big Ben é muito menor do que eu imaginava.
Os passeios mais marcantes, sem dúvidas, foram ao bairro de Notting Hill que é lindo e a Tower Bridge à noite, toda iluminada sobre o rio Tamisa. O frio noturno ficou em segundo plano com aquela vista. 
Para os mais consumistas, a Oxford Street, Camdem Town e Soho são destinos obrigatórios. Lojas de todos os tipos e marcas estão nesses lugares.
Não posso deixar de citar o British Museum e a National Gallery destinos imperdíveis com muita arte, história e cultura. Gostei mais da National Gallery, que abriga uma preciosa coleção de mais de 2.300 pinturas do século XIII ao século XX. A coleção permanente do British, também é muito rica e inclui peças como a Pedra de Roseta e os frisos do Partenon de Atenas. 


Tower Bridge - Foto: Felipe Balestrin










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Madrid, Madrid, Madrid...

Posted by Sarah Souza on 13:20
Sem dúvida uma das grandes experiências vividas nesse meses do outro lado do oceano foi conhecer Madrid. A Espanha sempre me pareceu encantadora e ver um pouco desse país tão diversificado foi inesquecível.

Nada melhor do que visitar uma cidade guiada por pessoas daquele local, parece que tudo ganha outro sentido. Não que passeios turísticos não sejam bons, mas quando se está junto com alguém que conhece bem a cidade, é como se fizessemos um pouco parte de tudo também.

E, por isso, sempre serei grata aos meus amigos que me receberam e me apresentaram Madrid de uma maneira que ficará eternamente na memória.

Muitos adjetivos descrevem a capital espanhola. Grande, viva e linda estão entre os principais. Uma beleza cultural, porque Madrid respira cultura.

Adentrar ao Prado é emocionante mesmo para quem não é um grande entendedor de arte.
O mais importante museu da Espanha e um dos mais importantes do mundo, apresenta belas e preciosas obras de arte. Impossível não arrepiar-se ao ficar "frente a frente" com a produção de grandes artistas.

Tudo aquilo que parecia tão distante de mim, restrito apenas aos livros, repentimente estavam na minha frente. Velázquez, Goya, Rembrandt e tantos outros. Uma coleção de pinturas bastante completa e complexa, com representantes espanhóis, franceses, alemãos e italianos.

Guernica

Bem próximo do Prado, num percurso que se faz tranquilamente a pé, pode-se contactar com a arte moderna de Picasso, Miró e Dali, no Centro de Arte Moderna Reina Sofia. O museu, que foi um antigo hospital setecentista, abriga importantes obras do século XX. Guernica, de Pablo Picasso, sem dúvidas é a mais famosa, digna de fila para ser fotografada.

Arte e futebol encontram-se em duas grandes fontes madrilenhas.  A Fonte de Cibeles  é o ponto de encontro para a comemoração dos torcedores do Real Madrid. Foi construída no século XVII, baseada num desenho de Ventura Rodriguez de 1782, sobre a deusa grega da fertilidade, Cibeles.  

O Atlético de Madrid, time rival, adotou a Fonte de Neptuno para suas comemorações. O monumento é feito de mármore branco e também tem o desenho de Ventura Rodríguez. Neptuno foi o deus romano do mar.

Plaza Mayor
A Plaza Mayor é um dos pontos madrilenhos mais conhecidos. Além dela, vale a pena conhecer a Plaza de España e tirar uma foto com Dom Quixote e Sancho Pança, a Plaza de Chueca, Plaza de Oriente, Plaza de los cubos, Plaza de Tirso Molina e a Plaza Jacinto Benavente.

Um local muito curioso é o Templo Deboth, um dos poucos testemunhos arquitetônicos egípcios, o único com essas características em toda a Espanha. Foi doado ao país em 1968, pelo Estado Egípcio, em agradecimento pela ajuda prestada ao salvamento dos templos de Abu Simbel.

Impossível conhecer Madrid em um dia, impossível descrevê-la em um único post.

"De Madrid al cielo...
...Y desde el cielo, un agujerito para verlo"
.




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5 meses

Posted by Sarah Souza on 14:38
"O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo. Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reacções internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea. 
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objectos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr-do-sol'.


Toda essa explicação científica para dizer que "perdi a noção do tempo". Na verdade, me dei conta que extamente hoje minha estada européia completa 5 meses. Sempre marcava essa data como um rito de passagem e tentava comemorá-la de alguma forma. "Mais um mês em Lisboa". Mas dessa vez foi diferente, a data quase passou sem que eu percebesse. É como se essa comemoração aos poucos perdesse o sentido. 

Agora falta praticamente um mês para o retorno. A ânsia de rever tudo o que ficou do outro lado do oceano é grande, mas quando penso em deixar tudo o que conquistei na margem de cá, confesso, o coração balança.
Lisboa não é a cidade dos sonhos, mas passei dias inesquecíveis aqui. Construí um micromundo, aquele mesmo cantado por Daniel Drexler. Um micromundo de descobertas, superações, novas amizades e sentimentos. É cedo para a triunfal postagem de despedida, mas os sentimentos agora se invertem. 

E que venham os próximos 40 dias, que sejam bem vividos como aqueles que já passaram. Porque na hora de subir novamente no avião a única certeza que tem que ficar é que eu vivenciei cada "detalhe" a minha maneira.




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Ano Novo

Posted by Sarah Souza on 13:07
As promessas e os desejos de ano novo nunca mudam, apenas se renovam a cada 365 dias, salvos os anos bissextos. 

Então, para marcar o rito de passagem 2010/2011, divido essa inteligente mensagem presente nas tiras de Mafalda, a famosa personagem do cartunista argentino Quino. 


A tira me foi enviada por uma grande amiga: Sandra Beck. Aliás, vale a pena destacar que ela tem um blog sobre terapia vibracional onde divulga o seu trabalho e ainda traz informações e mensagens para melhorarmos o nosso dia-a-dia com pequenas atitudes.

Fica a dica para colocar na "bagagem" da vida. 

FELIZ 2011!

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