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Abbey Road, um capítulo a parte.

Posted by Sarah Souza on 12:19

Impossível ir a Londres e não tirar uma foto na famosa faixa de pedestres em frente ao estúdio da Abbey Road. Desde o ano de 1969, essa faixa de segurança é um lugar de peregrinação de fãs e admiradores dos Beatles no mundo inteiro.
No dia 8 de agosto de 1969 o quarteto de Liverpool decidiu produzir a foto para a capa do disco que levaria o nome da rua e do estúdio no qual foi gravado. Neste dia, John, Paul, George e Ringo se juntaram cedo, pela manhã, para fazer as fotos.


Como curiosidade, o disco ia se chamar Everest mas a banda decidiu que seria mais fácil uma fotografia na porta do estúdio do que no Himalaia.
Hoje, mais de 40 anos depois os fã não só querem fotografar o local, como tentam imitar as posições de cada um dos Beatles. 
Comigo não foi diferente, não poderia perder essa oportunidade. O que não esperava é que fosse tão difícil tirar a foto. 




Para começar, a rua é muito movimentada, com carros circulando nas duas direções. 
E como todos sabem, em Londres é só nos aproximarmos da faixa que os veículos param para atravessarmos. 
Então imaginem a cena: muitos turistas, parando o trânsito, indo e voltando  de um lado para o outro, na tentativa de tirar a foto perfeita. Sem contar nas paradas no meio da faixa, embaladas por muitas buzinas. No mínimo muitas risadas de quem se presta a tal "mico".
Além disso, tínhamos o agravante de que éramos apenas três naquele dia, e para o registro fiel precisávamos de mais uma pessoa. Não demorou muito, como não éramos os únicos naquela situação, logo conseguimos o quarto elemento.


Depois de muitas tentativas alguém resolveu comentar: "Mas a foto original não foi tirada do meio da rua?". Gelei quando escutei isso, porque tive a certeza de que a Luli e o Kiko não abriríam mão de reproduzirmos daquela forma. Não estava errada. Além de parármos o trânsito, ouvir muitas buzinas, tivemos que ir entre os carros para fotografar do ângulo perfeito. 

E a foto? Depois de infinitas tentativas, saiu. Mas vou deixá-la restrita aos álbuns de família e evitar que o "mico" transforme-se em um "king kong" na grande rede.




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Um lugar chamado Londres

Posted by Sarah Souza on 14:46

Harrods - Foto: Felipe Balestrin
"Surreal mas encantador". Um pouco clichê usar a famosa frase do filme estrelado por Julia Roberts e Hugh Grant, mas não encontrei melhor forma para caracterizar a capital britânica. 
Londres é surreal, um lugar em que o inovador e o ousado convivem de forma harmônica com o tradicional e o imutável. Um rico patrimônio histórico e arquitetônico, com inúmeros museus e galerias de arte, mercados de rua, milhares de lojas, das mais simples as mais sofisticadas e muitos espetáculos de todos os gêneros. Óperas e musicais estão entre os responsáveis por seduzir multidões de turistas.


Ao mesmo tempo é uma cidade encantadora, seja nas típicas cabines telefônicas, nos ônibus vermelhos ou mesmo na simpatia das pessoas. Engana-se que pensa que os ingleses são frios e indiferentes. Conheci pessoas muito amáveis e dispostas a ajudar. 
Confesso que não foi "amor à primeira vista", até porque, a chegada em território britânico foi muito cansativa. Nosso vôo chegou às 20h15 da noite, entre o desembarque e a passagem pela polícia para carimbar o passaporte foram cerca de 1h30. Depois disso, o trajeto até o hostel não foi nada fácil.


Palácio de Buckingham - Foto: Felipe Balestrin
Para se ter uma idéia, a região metropolitana de Londres conta com cinco aeroportos. Os mais conhecidos são Heathrow que é o mais movimentado da Europa, Gatwick e Luton. 
Nosso grupo de seis estudantes, três brasileiros e três espanhóis desembarcou em Gatwick, que está localizado fora de Londres na região de Sussex. A opção para ir até a região central é o trem, que leva cerca de 40 minutos e é caríssimo: cerca de 11 libras. Consegue-se desconto para grupos.


Além disso, deve-se ficar atento as estações de desembarque. No nosso caso, o destino era Victoria Station, mas infelizmente os trens não indicavam as estações. E, aliado ao som abafado dos alto-falantes, não percebemos que deveríamos descer em St. Pancreas e fazer o transbordo até Victoria. Resultado, nos perdemos e fomos parar muitas estações depois. 


Big Ben - Foto: Sarah Souza
Até voltarmos para a estação certa e encotrar um ônibus que nos levasse ao hostel perdemos mais de três horas. Mas como tudo tem um lado bom, conseguimos conhecer um pouco do movimento de Londres pela noite.
No segundo dia, mesmo após poucas horas de sono, a ordem era conhecer tudo o que fosse possível. Uma boa dica pra quem tem pouco tempo e dinheiro é o  "Free Walking Tour", são guias que nos levam aos principais pontos turísticos, num passeio à pé, acompanhado de muitas histórias e curiosidades. Pode-se escolher o idioma, normalmente inglês ou espanhol e ao final do passeio cada um paga a quantia que quiser pelo trabalho.


O Big Ben, a troca da guarda no Palácio de Buckingham, a London Eye e a Trafalgar Square foram os principais pontos turísticos visitados nessa manhã. Tenho que dizer que não me impressionaram muito, aliás, o Big Ben é muito menor do que eu imaginava.
Os passeios mais marcantes, sem dúvidas, foram ao bairro de Notting Hill que é lindo e a Tower Bridge à noite, toda iluminada sobre o rio Tamisa. O frio noturno ficou em segundo plano com aquela vista. 
Para os mais consumistas, a Oxford Street, Camdem Town e Soho são destinos obrigatórios. Lojas de todos os tipos e marcas estão nesses lugares.
Não posso deixar de citar o British Museum e a National Gallery destinos imperdíveis com muita arte, história e cultura. Gostei mais da National Gallery, que abriga uma preciosa coleção de mais de 2.300 pinturas do século XIII ao século XX. A coleção permanente do British, também é muito rica e inclui peças como a Pedra de Roseta e os frisos do Partenon de Atenas. 


Tower Bridge - Foto: Felipe Balestrin










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Madrid, Madrid, Madrid...

Posted by Sarah Souza on 13:20
Sem dúvida uma das grandes experiências vividas nesse meses do outro lado do oceano foi conhecer Madrid. A Espanha sempre me pareceu encantadora e ver um pouco desse país tão diversificado foi inesquecível.

Nada melhor do que visitar uma cidade guiada por pessoas daquele local, parece que tudo ganha outro sentido. Não que passeios turísticos não sejam bons, mas quando se está junto com alguém que conhece bem a cidade, é como se fizessemos um pouco parte de tudo também.

E, por isso, sempre serei grata aos meus amigos que me receberam e me apresentaram Madrid de uma maneira que ficará eternamente na memória.

Muitos adjetivos descrevem a capital espanhola. Grande, viva e linda estão entre os principais. Uma beleza cultural, porque Madrid respira cultura.

Adentrar ao Prado é emocionante mesmo para quem não é um grande entendedor de arte.
O mais importante museu da Espanha e um dos mais importantes do mundo, apresenta belas e preciosas obras de arte. Impossível não arrepiar-se ao ficar "frente a frente" com a produção de grandes artistas.

Tudo aquilo que parecia tão distante de mim, restrito apenas aos livros, repentimente estavam na minha frente. Velázquez, Goya, Rembrandt e tantos outros. Uma coleção de pinturas bastante completa e complexa, com representantes espanhóis, franceses, alemãos e italianos.

Guernica

Bem próximo do Prado, num percurso que se faz tranquilamente a pé, pode-se contactar com a arte moderna de Picasso, Miró e Dali, no Centro de Arte Moderna Reina Sofia. O museu, que foi um antigo hospital setecentista, abriga importantes obras do século XX. Guernica, de Pablo Picasso, sem dúvidas é a mais famosa, digna de fila para ser fotografada.

Arte e futebol encontram-se em duas grandes fontes madrilenhas.  A Fonte de Cibeles  é o ponto de encontro para a comemoração dos torcedores do Real Madrid. Foi construída no século XVII, baseada num desenho de Ventura Rodriguez de 1782, sobre a deusa grega da fertilidade, Cibeles.  

O Atlético de Madrid, time rival, adotou a Fonte de Neptuno para suas comemorações. O monumento é feito de mármore branco e também tem o desenho de Ventura Rodríguez. Neptuno foi o deus romano do mar.

Plaza Mayor
A Plaza Mayor é um dos pontos madrilenhos mais conhecidos. Além dela, vale a pena conhecer a Plaza de España e tirar uma foto com Dom Quixote e Sancho Pança, a Plaza de Chueca, Plaza de Oriente, Plaza de los cubos, Plaza de Tirso Molina e a Plaza Jacinto Benavente.

Um local muito curioso é o Templo Deboth, um dos poucos testemunhos arquitetônicos egípcios, o único com essas características em toda a Espanha. Foi doado ao país em 1968, pelo Estado Egípcio, em agradecimento pela ajuda prestada ao salvamento dos templos de Abu Simbel.

Impossível conhecer Madrid em um dia, impossível descrevê-la em um único post.

"De Madrid al cielo...
...Y desde el cielo, un agujerito para verlo"
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5 meses

Posted by Sarah Souza on 14:38
"O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo. Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reacções internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sanguínea. 
Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objectos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr-do-sol'.


Toda essa explicação científica para dizer que "perdi a noção do tempo". Na verdade, me dei conta que extamente hoje minha estada européia completa 5 meses. Sempre marcava essa data como um rito de passagem e tentava comemorá-la de alguma forma. "Mais um mês em Lisboa". Mas dessa vez foi diferente, a data quase passou sem que eu percebesse. É como se essa comemoração aos poucos perdesse o sentido. 

Agora falta praticamente um mês para o retorno. A ânsia de rever tudo o que ficou do outro lado do oceano é grande, mas quando penso em deixar tudo o que conquistei na margem de cá, confesso, o coração balança.
Lisboa não é a cidade dos sonhos, mas passei dias inesquecíveis aqui. Construí um micromundo, aquele mesmo cantado por Daniel Drexler. Um micromundo de descobertas, superações, novas amizades e sentimentos. É cedo para a triunfal postagem de despedida, mas os sentimentos agora se invertem. 

E que venham os próximos 40 dias, que sejam bem vividos como aqueles que já passaram. Porque na hora de subir novamente no avião a única certeza que tem que ficar é que eu vivenciei cada "detalhe" a minha maneira.




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Ano Novo

Posted by Sarah Souza on 13:07
As promessas e os desejos de ano novo nunca mudam, apenas se renovam a cada 365 dias, salvos os anos bissextos. 

Então, para marcar o rito de passagem 2010/2011, divido essa inteligente mensagem presente nas tiras de Mafalda, a famosa personagem do cartunista argentino Quino. 


A tira me foi enviada por uma grande amiga: Sandra Beck. Aliás, vale a pena destacar que ela tem um blog sobre terapia vibracional onde divulga o seu trabalho e ainda traz informações e mensagens para melhorarmos o nosso dia-a-dia com pequenas atitudes.

Fica a dica para colocar na "bagagem" da vida. 

FELIZ 2011!

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